sexta-feira, 21 de maio de 2010

- Não insistas.
- Não queres, então, prometo-te que não.
- Não insistas.
-Nunca mais.
Até Setembro, querido, talvez, amigo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Deitei-me. Mais uma vez cheia de medo do que a noite me traria. Medo de suores frios, de acordar com a almofada molhada das lágrimas que derramo. Medo de que voltes a assaltar os meus sonhos, num disfarce de Satanás. Pavor dos pesadelos que, diariamente, me causas.
Fecho os olhos. Momentaneamente, sinto um tremor trespassar-me todo o corpo. Será que vais voltar a magoar-me mais uma noite? Até a noite me roubaste. Logo a noite, que era o meu refúgio, no qual eu me afastava de toda a dor que me causaste. De todo o sofrimento que fizeste emergir em mim.
A noite passa, o dia chega. Sorrio: os pesadelos não voltaram; a mágoa começa a desvanecer; as feridas a cicatrizar.
A felicidade invade-me. Já não há mais pesadelos. Mais noites tumultuosas e turbulentas. Com lágrimas e gritos silenciosos de dor.
Feliz. Mulher: reencontrada. A mim, à felicidade.