quinta-feira, 22 de julho de 2010

Continuo com medo das 5h da manhã.
A noite chega e a dor vai fortalecendo.
Não quero as 5h da manhã. Não sei como (re)agir às consequências que emite, às notícias que transporta.
Deito-me com a angústia de não saber se esta noite vai voltar a acontecer. Se o telemóvel vai tocar, se vou receber as más notícias em que não quero crer, se as lágrimas vão ressurgir, se a dor vai crescer.

São as 5h da manhã. Não as suporto. Assim como não suporto as terças-feiras. Por razões inversas, pela mesmo causa.

Tenho medo, muito medo, das 5h da manhã de amanhã (se forem em branco as de amanhã, se o telemóvel não tocar, a dor vai rebentar. As lágrimas não vão cessar. E o maior medo hoje é esse: não tocar. Ainda que se tocar, seja com más notícias, é sinal que há notícias.), do que pode (não) trazer.


Odeio as 5h da manhã por todas as razões (e mais algumas).
Odeio as terças-feiras pelo bem que me parece, pelo mal que me faz.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Odeio as 5h da manhã.
É a minha principal destruidora de sonhos. A causadora de esperanças inúteis e abaláveis.
É a mensageira dos maus presságios, das desgostosas notícias.
Às 5h da manhã, tudo costuma acontecer, em mim, de mal. As lágrimas. O desespero. O sofrimento. A dor.
Depois, a minha mente mantém-se acordada. Desperta na dor, a remoer no assunto, no porquê.
E quando, por fim, volto a adormecer, a minha pele está salgada, o meu coração quase que não existe e a dor prevalece, cheia de força e de vitalidade.
Hoje, as 5h da manhã não foram excepção. As más notícias chegaram, as esperanças foram destruidas, os planos desfeitos, o coração despedaçado.
Sempre às 5h manhã...
Só me resta começar de novo, tudo de novo. Ser eu, de novo...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Amo-te - sussurrou, e foi naquele instante que soube o que ia fazer.

Quando amamos alguém, colocamos as necessidades dessa pessoa à frente das nossas.
Por muito inconcebíveis que sejam; por muito perversas; por muito que isso nos faça sentir como se estivessemos a ser feitos em pedaços.


"O Pacto"
A tua é distância. Eu dou. Tenho que dar.