quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Aqui ficam as últimas lágrimas do ano, pelo que não resultou, pelo que magoou, pelo que amei e não me amou. Por ter fracassado e desiludido. 2010 dá a oportunidade, a última hipótese. Eu agarro, ou vou tentar.
E aquelo crasso e repetível erro é dado por terminado, por irrepetível, a partir de agora, de hoje, de 2010:)

Ponto de viragem

A horas do fim. 2009. Hora do balanço. Balanços, balanços, balanços. E mais balanços. Este ano, que por fim acaba, foi aquele onde se fez xixi na rotunda do Pérola, na linha do comboio - inúmeras vezes-, mesmo com gente perto, foi o ano das putas de uísque, vinho branco, baillys, cerveja. Das garrafas de vinho branco à tacada, de abrir garrafas com um marcador e o pé, de ir para o externato beber. Foi o ano de ver a minha fantástica e peculiar Vanessa mais uma vez, de estar, viver e chorar com e por ela. Foi o ano de me "desaproximar" da inesquecível Jéssica, vivendo momentos igualmente incríveis quando nos encontramos, mas amá-la cada vez mais. Ano de gostar mais e mais da irreverente e querida Ju, de viver e conhecer melhor. Ano dos almoços loucos, do jantares repentinos. De estar com a inalcançável Cynthia. Com a Alexie. Dos almoços de antiga turma. Ano de conhecer realmente a Bruna, a Inês, a Lii, que fazem parte e aturam sempre. Ano de relembrar os velhos insuperáveis - o Armando, o Coutinho, o grande Mica, o Neves, o Nuno -, de voltar ao Recanto, acompanhada pela Patii e pelos grandes rapazes. Ano de sentir, mais uma vez e como se fosse a primeira, os abraços e beijos dos insuperáveis sobrinhos. Ano do Walibi, do Grou du Roi. De ser madrinha e receber o Lucas. Ano de experimentar coisas velhas com "técnicas e produtos novos". De cozinhar pratos novos e estragar sempre o molotof. Ano de trocar as Neves por Barroselas. De andar de calções e vestidos (nunca as saias). Ano de perceber, de realizar, de magoar, de sofrer, de sonhar. Sonhar. Sonhar. Sonhar. Sempre. Ano de acabar com o namoro mais duradouro para atingir uma relação de amizade inimaginável com o imutável, memorável e querido Rogério, finalmente:) Ano de querer sorrir. Ano em que descobri pessoas indescritíveis. Em que passei a noite a chorar por um livro. Que descobri as verdades, e acreditei nas mentiras. Ano das brincadeiras no elevador, das coisas novas, de experimentar. Ano em que se acreditou em dietas milagrosas, e que se deixou de acreditar momentaneamente. Ano em que, enfim, percebi a essência, em que errei, cresci, amei, chorei. 2009, quando tremi e chorei de medo pelos outros, por os amores. 2009. O pior ano dos melhores, ou o melhor dos piores? Sem dúvida, inesquecível, célebre, inigualável. Ano em que cresci, mudei. Superei-me. Desiludi-me. Desiludi os outros. Ano em que cometi o mesmo erro inúmeras vezes, para só perceber hoje, último dia do ano o que devia ter feito. O que devo fazer. Seguir.
Agora 2010. Só espero poder abraçar sempre cada pedacinho de mim. Sonhar. Ano de promessas e vontades para tentar cumprir, de pessoas para amar, de lágrimas para evitar... Ponto de viragem. 2010: o meu ponto de viragem.
Que venha um 2010, cheio de amor, bebedeiras, saídas à noite, beijos. Com todos presentes e muitos mais. Que seja tão bom como este que acaba agora. 2009. Um presente, guardado, imaculado, satisfatório. Parto para 2010, mais crescida, mudada, com mais conhecimentos, com objectivos...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Meu grande amor


Sonha. Sorri. Chora. Pensa. Brinca comigo. Tudo comigo. Sempre.


Sinto falta da tua inocência, do teu bom humor, da tua responsabilidade precoce, dos teus bons atentados, das tuas constantes alegrias. Os teus beijinhos, minha princesa...


A mágoa de não te ver constantemente, de não te abraçar regularmente, atordoa o meu coração. Cria uma revolta, gera uma ilusão tão cruel, inacessível. O tanto que eu te quero perto de mim. Sem estas idas e voltas tão permanentes, tão dolorosas. Tão amarguradamente sentidas. Sem todas as despedidas, vai-vém, sem todas as promessas de uma volta rápida, no meio de uma imensidão de lágrimas.


Meu amor, eu tenho verdadeiramente saudades tuas. Espero pelo momento em que compramos a nossa última promessa, e te abraçarei afectuosamente. Permaneço junto de ti, não fisicamente, mas estou...

sábado, 28 de novembro de 2009

Minutos, horas, dias, semanas, meses, até anos. Anos. Tudo tão fabulosamente inesquecível. Tudo tão intensamente vivido. Tudo tão tristemente passado. Tão bom e tão doloroso. A nossa relação foi sempre uma antítese. E eu amei tudo, tanto. Amei com paixão, com o coração, com o olhar, com a boca, com as mãos, com os pensamentos, com as lágrimas. Com tudo. De corpo e alma. Amei tanto e tão veementemente que pensei, acreditei, que esta dor, resultado de tantos anos, de tantos momentos, de tantos sorrisos, não terminaria. Desisti de sonhar. Perdi a esperança. Porém, algo me fez voltar a mim. Esporadicamente, tinha momentos de lucidez amorosa e o sorriso voltava, efémero, mas voltava. Acabava por se desvanecer. Agora, o sonho ressuscitou em mim. Ressuscitou-me, eu sorrio o mais alegremente que sei. Do jeito que eu gosto. Tu partiste de mim, inacreditavelmente, como eu nunca pensei conseguir. Ser feliz. Permaneço sozinha. Sozinha de ti apenas, mas feliz, verdadeiramente feliz. Reencontrei-me ao deixar de te consumir. E tudo foi tão bom, que só consigo sorrir com mais força, com mais vontade. O meu caminho agora é percorrido sozinha e persistentemente com obstáculos mas com maravilhosas fantasias, alegrias, sonhos. Não quero, não vou, não posso, voltar a perder isto por ti. Eu gosto de mim, e tu já não fazes parte. Incompreensivelmente bom:)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Inacreditavelmente, depois de tudo que pensei, que disse, que sonhei, tenho que instituir: perdi-te. Eu. Perdi-te. Não por querer, não por amar, perder, assim, simplesmente.
Inesperadamente, eu amo-te, sem qualquer mutação.

Mas, eu falhei: não te cativei a ficares comigo e, quando partiste, não te esqueci. Tu permaneceste. Duplo erro.
Eu amo-te. Amo-te. Amo-te.
Perdi-te.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Final feliz

Finalmente, percebi. Quando nos amamos, o destino e, principalmente, as ditas oportunidades da vida tornaram a nossa relação constantemente esporádica. Lutamos contra isso, conseguimos evitar a sua efemeridade. Mas não permitimos a sua eternidade. Agora que tudo nos favorece, que tudo nos permite, que tudo nos torna possíveis, não nos amamos. Ou, pelo menos, perdemos a capacidade de o fazermos inteiramente um ao outro. Azar? Destino? Quanto a mim, penso que foi fraqueza, cobardia, desistência precoce. Rebeldia amedrontada. Falta de guerra. Amar e não lutar, não é merecer felicidade, é expulsá-la, fechar-lhe a porta. Presentemente, sou eu que não vou à luta, sou eu que me dou por vencida (ou vencedora?) nesta imensa guerra, sou eu que deixo cair a minha espada para não causar mais ferimentos. Para não derramar mais sangue. Sou eu que fecho a porta. Tranco a fechadura. Tal como tu me fizeste no passado. Mas, este momento, torna-se irremediavelmente eterno. Substancial à minha sobrevivência. Bato-te com a minha porta, o mais fortemente e feroz que capacito. Finalmente, posso vangloriar-me da minha vitória sobre ti. Sobre a sucção que procedias das minhas forças. Sobre o efeito que usufruias sobre mim. Finalmente, eu estou livre de ti, por obra minha. Tu estás permanentemente do lado de fora. Dou mais uma volta á chave. Tranco-te a porta. Selo a fechadura...

sábado, 31 de outubro de 2009

Adeus


Adeus, amor impossível, (de)cadente, inatingível, impenetrável e completamente imprescindível. Meu amor. Adeus, para sempre, príncipe condenável, impe(la)cável, ardentoso, permanentemente inesquecível, delicioso, amado, inefável.






Adeus:'(

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Perfeição indesejável

Era a nossa simbiose, imperfeita, sinuosa, mas nossa. Quiseste-a tornar perfeita, e tornaste de toda a gente, menos nossa. Imprópria. Impessoal. Penetrável. Passou a ser tudo menos eu e tu. Passou a representar tudo menos o nosso amor. Passou a mostrar tudo menos o nosso sorriso. Sim, conseguiste tornar a simbiose que nos representava perfeita tal como tanto desejavas. Mas tu e, principalmente, eu deixamos de fazer parte dela, tal como eu tanto temia. Nós já não a preenchemos. Tornaste a nossa simbiose perfeita, mas excluíste-nos, a ambos, dela. E agora não há forma de voltar atrás... Só há um adeus a exprimir, um sonho para guardar, uma memória para lembrar...
O quanto eu preferia a nossa simbiose imperfeita, a esta, em que não me incluo (nem desejo) tão geral, tão comum. Tão sem eu e tu. Porque o fim da nossa imperfeição representa o fim de tudo que nos inclui como um todo. Representa o nosso fim. Permanente. Imparável.

Despedida - 28/10/2009

Não sei se deveria estar a escrever isto, provavelmente não, nem muito menos o que quero dizer, o que devo dizer, o que preciso dizer. Que eu te amo, que eu te desejo, que eu te quero, já tu sabes. De mais, se calhar. Se metade do meu amor fosse segredo… Quem sabe não seria tudo mais fácil? No entanto, depois de tudo o que aconteceu, e de que nada me orgulho, é difícil falar-te, explicar-te. Demonstrar-te. Tu também não queres ouvir, ignoras tudo que eu digo, seja bom ou mau. Por isso, esta deve ser das únicas formas de tu me ouvires, e a última que eu tento para chegar até ti.Os meus actos têm consequências, e eu tenho que viver com elas, isso não muda, pelo menos agora. Eu sei, aceito-o. O que eu fiz? Sim, criancice da grande, futilidade inesperada. Consegui superar-me negativamente, estupidamente. Amarguradamente. Eu queria tanto que resultasse, que fosses capaz de me amar, que conseguisses ver o que eu era. Tinha tantos planos, tantos beijos para te dar, tantos abraços para sentir, que me empenhei em demasia, da forma mais errada. Empenhei-me tanto, queria tanto, que acabei por fazer aquilo que mais temia. Errei. Descuidei-me. Desiludi-me. Não fui a melhor como te tinha prometido. Mas eu desnudei-me perante ti, fiquei à tua mercê, e tu desististe. Ou não, simplesmente não me amaste e eu apenas não quero acreditar nisso, Parece-me impossível que, perante as tuas palavras, os teus beijos, os nossos momentos, os acontecimentos passados, isso seja uma realidade. Mas perante o que aconteceu, o que me fizeste, disseste, mostraste. As marcas que deixaste… Estão lá, mesmo que eu queira esquecer, tornaram-se visíveis, mesmo que pouco e efemeramente.
Talvez o erro seja meu, ou a maioria deles, porque
eu sempre te tive como o meu príncipe. Para mim, eu e tu éramos nós, independentemente do que acontecesse, nós ficaríamos juntos. Tu eras tudo. Não havia mais nada no meu horizonte. Era eu e tu, para sempre. Parvoíce. Pura mentira. Tu não aguentaste, não foste capaz, ou, meramente, não amaste? Não quero acreditar na última, por mais que tudo, e tu, principalmente, me mostrem que essa é a hipótese válida. Que essa é a verdade.
Quem sabe se, se não me tivesse esforçado tanto, talvez tudo tivesse resultado. Porque não fui eu mesma, fui alguém que pensei fazer-te melhor, e que acabou por estragar o pouco que pensava existir.
Eu mesma? Agora não se sabe, fica por descobrir, tanto para ti como para mim, se eu seria capaz de ser a melhor, tal como te prometi (errar, isso nunca deixarei de fazer, será sempre parte de mim, mesmo que tu não aceites. Errarei sempre, seja eu quem for)
O que tu fizeste, isso não perdoo, pelo menos enquanto tu não perceberes. Não voltarei. E essa é a razão desta carta: querer mostrar-te tudo e não poder dizer nada para além do adeus.
Um pedido de desculpas arrependido. Uma mágoa profunda. Um adeus. Um Amo-te.
Porque, gato, tu mereces ser feliz:)

Adeus, por escrito para ser mais fácil, para doer menos. Desculpa, timidamente.

Amo-te

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sonhos destruídos

Destruíste o meu sonho.
Os gestos não foram permitidos, se tivessem sido, nada disto teria acontecido, mas as palavras que não queríamos, as frases que não sentiamos foram mais que permitidas: foram iludativas, aplaudidas, aclamadas, pedidas, lembradas e relembradas... E aconteceu. Desmoronou-se tudo. Eu já não te pertenço. Tu já não és eu. E o meu maior e terrível pesadelo acabou por se concretizar : tu foste embora. Partiste. Estás longe, inalcançável e com uma frieza impenetrável. E agora? Tu estás distante, impossível de chegar a ti. E eu perdida. Porque sem ti esta é a minha única condição. Perdida. Amargurada. Desiludida. Sem sonhos. E bastava nada ser dito e tudo ser feito e estariamos ás gargalhadas, aos beijos, a sermos felizes... As palvras devoraram o passado, estragaram o presente, impediram o futuro. Inundaram os meus olhos de lágrimas. Lágrimas grossas, incessáveis, salgadas... Criaram um nó na minha garganta que se aperta e contorce com dores infindáveis. Porque a dor que me causaste ao não me permitir lutar, a dor que me causaste ao desistir de mim e, principalmente, ao obrigar-me a desistir de nós é infindável. Não digo que tenha esta extensão eternamente porque, muito provavelmente, não a terá. Diminuirá consoante os meses, os anos (porque isto não termina em horas, nem dias, mesmo que parecendo séculos nas minhas feridas), mas não desaparecerá, tu não tinhas o direito. Eram os meus sonhos. E tu destruiste-os. Meus. Corroeste-me com as tuas palavras de raiva, magoaste-me com as tuas facadas cheias de força, desiludiste-me com os gestos que deixaste para trás. Eu amo-te, e a ti só te pedia que não pedisses demasiado de mim, terá sido isso pedir demasiado de ti? Por muito que eu queira, que eu tente voltar a sonhar, que eu cure, mesmo que superficialmente, as feridas, não posso voltar a lutar por ti. Tu não o permites. A tua distância não me autoriza... E tu, meu amor, estás indefinidamente, senão eternamente, fechado para mim. Inalcançável. Agora, só me restam as boas memórias, as lembranças que não doem, os momentos que foram bem vividos. Nada voltará, nunca mais. Nunca. Sou apenas eu. Eu sem ti. Eu. Eu. Eu. A tentar voltar a sonhar, a construir castelos na areia. Por muito que sejam destruídos no fim, tal como tu os destruiste, são eles que me sustentam. Que travam as minhas lágrimas. Que clamam o meu sorriso. Que permitem que as minhas feridas cicatrizem. Voltar a sonhar, no entanto, eu amo-te, amor impossível...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Não desistas de mim...

Não desistas de mim... Não hoje que reencontrei forças para lutar, para subir, não agora que sei o quanto te quero, nao neste momento que somos compatíveis. Acreditar. Crê em mim uma última vez, tal com eu sempre acreditei em ti. Mostra-me o caminho, como sempre me mostraste. Abraça-me como fazias num tempo passado. Beija-me com toda a tua garra e desejo. Ama-me como só tu sabes. Não desistas de mim, especialmente, de nós, meu amor. Dá-me a mão, sorri-me. Olha-me. Sente-me. Leva-me contigo, fica comigo. Eu e tu, num mundo intenso, como sempre o foi. Faz com que sejamos só eu e tu, sem preocupações, intrigas, mal-dizeres, tristezas amargas... Sim, tu és o único capaz de fazer o meu coração sorrir, capaz de perceber as minhas lágrimas, de entender as minhas paranóias. Sim, sim, sim. És tu o único capaz de me fazer sorrir só com uma palvra, és o único em que posso confiar, o único que não me trairia, que não me difamaria. O único. Conheço-te. Conheço-te da maneira que toda a gente conhece, conheço-te como só eu e tu sabemos, conheço-te como só tu e eu fizemos. Conheço-te até ao teu ínfimo pormenor. E tu, conheces-me... Da maneira que mais ningúem consegue, da forma como só tu alcançaste. Conquistaste-me. E eu, não te quero desiludir mais: não desistas de mim... Dá-me forças mais uma vez. Motivos.
Olha-me. Sorri-me. Aproxima-te. Dá-me a mão. Abraça-me. Beija-me. Sente-me. Ama-me. Seremos só eu e tu. Num profundo e e desconhecido mundo.
O nosso mundo.

domingo, 18 de outubro de 2009

E apenas uma palavra destruiu todas as esperanças, todas as crenças crescentes. Uma palavra. Apenas uma palavra e até o que parecia impossível aconteceu: foi corroído todo o passado, desfeitos todos os momentos, aniquiladas todas as memórias, presas e amedrontadas todas, e as únicas sobreviventes, expectativas. Foram aclamadas as mágoas, descoberta a dor, impostas as lágrimas. Lágrimas, lágrimas, lágrimas... E o sorriso desvaneceu-se... Imperam as cicatrizes (quase) esquecidas, as feridas cruéis. Uma palavra...

Plenilúnio

As tuas dúvidas alegram-me mais do que as minhas certezas. As minhas certezas foram,são, serão sempre inatingíveis, (quase) inalteráveis. Tu habitas nelas. Tu és a minha única evidência. Tu és o meu índice. E querer-te... Bem, querer-te é a minha singular verdade. Ter-te é o meu auge. A minha plenitude. Nada mais importa. Eu e tu. Apenas. Sem justificações, sem equivocos, sem esperanças perdidas, olhares desencontrados por obra nossa. As minhas certezas permanecem, independentemente do lugar, do espaço, do acontecer. Por quanto que, as tuas dúvidas abrem e fecham várias portas, corroem inúmeras esperanças, ou até, transformam esperanças em verdades, em acontecimentos. Vontades. Tudo depende da resolução que lhes dás. As tuas dúvidas transportam vários caminhos, e terás que enveredar por um deles. E eu? Eu permaneço, como espectadora das tuas escolhas, das tuas decisões. Esperando que, brevemente, me deixes ser a actriz principal da tua vida. Vontades. Desejos. Escolhas. Decisões. Acredito no que o teu sorriso tímido me diz, acredito naquilo que o teu olhar sempre presente em mim, mas escondido, me transmite, acredito em nós, mas especialmente, acredito no nosso passado. E um passado como o nosso, que pode não valer milhões de euros, tornou-se, desde o ínicio, a minha única riqueza, a mais poderosa magnificência. Mesmo que peculiar, sabes bem, o valor que terá a nossa relaçao incessantemente, senão eternamente, para nós.
Permaneço á espera do plenilúnio da nossa relação...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Não queria que isto tivesse sido assim, não de todo. De todos os fins que tivemos, escolhemos o pior, o que mais nos magoou e o que mais estragos fez. Aquele que mais memórias destruiu. Mas eu passaria por tudo outra vez, se fosse preciso, apenas para relembrar, para sentir, o passado. Para tu teres a certeza. Eu amo-te, independentemente do tempo, das coisas, das memórias, de com quem estás, de com quem estou, do que te acontece, do que me acontece e, principalmente, independentemente do que dizemos um ao outro. Sempre te disse que tu eras o tal, mas contigo eu estava sozinha. Não era o nosso tempo. E agora... Bem, agora aconteceu isto, e o nosso tempo, que poderíamos viver agora, ou num futuro, não se vai realizar. Foi intercedido. Roubaram-mo. Mas fui feliz contigo. Verdadeiramente. Só o fui contigo. Isso é das melhores coisas que tenho. As memórias, as lembranças, as recordações, os momentos. A saudade. Porque contigo o meu sorriso foi honesto, porque contigo as minhas lágrimas podiam existir, porque contigo a minha felicidade era verdadeira. Porque tu eras tu. Tu, só tu e eu. Nada mais. Foste tudo. És tudo. E, mesmo que aconteça, serás tudo. Em qualquer sítio, em qualquer altura, tu serás tudo para mim. Desculpa. Por tudo, por nada. Por ter feito o que fiz, por não ter feito o que devia, por não ter sido a melhor, por não ter sido, apenas, o que tu esperavas.As lágrimas escorrem-me, mas a minha satisfação, ao escrever esta carta, consegue ultrapassá-las, chegar à meta primeiro, enfraquece-las, porque recordo todos os momentos passados contigo. Vividos. Eu vivi por ti e, unicamente, para ti, meu amor. A saudade magoa, mas sinto-me lisonjeada por senti-la. É sinal que foi bom, que é merecida... Amo-te para além de tudo, e de todos, príncipe cadente.