sábado, 9 de abril de 2011

Décimo dia

(uma confissão)

Foi tudo, sempre, tão verdadeiro, tão genuíno, tão marcante, que eu não queria, nem conseguia, deixar-te ir. Queria-te comigo sempre, e representaste uma parte muito significativa de mim, da minha história. Não podia mesmo deixar-te ir, ou tentei que não fosses, porque eu ia contigo. Sou, em grande parte, constituída por restos teus. Por pedaços de ti. E quando tu ias, sem saberes, eu ia também. Agora posso, guardei as partes de mim que são constituídas por partes de ti com enorme carinho. Consigo deixar-te ir, finalmente. E eu estou livre de todo este enredo que tanto me ocupou. Que sempre me apaixonou e cativou.

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