domingo, 13 de novembro de 2011

Agora (só) resta Bruxelas

Pergunto-me o que será agora. Olho para trás, balanceando todo um tempo da minha vida, e só avalio como incalculável. Prefiro, para descrever todo este sentimento, todo este bater acelerado do coração, me calar e deixar que o silêncio e o cruzamento entre o sorriso e as lágrimas revelem tudo que permanece no meu ser hoje. Que ficou e que não passará.
Bruxelas a chegar e os prometidos patins (prometidos desde o dia que Bruxelas foi ganha burocraticamente) calçados.
Porém, pergunto-me porque razão acordarei às quatro e meia da manhã de segunda a sexta, ou melhor, o que fará Matisyahu acordar-me com a nossa ideia partilhada

"And I, I will be there for you
To search for you wherever you are
And I, I will be there for you
To look for you wherever you go", em For you

para dar Bom dia; pergunto.me qual vai ser a razão de eu ter carro à sexta e ao sábado à noite; pergunto-me qual vai ser a motivação para estudar para as más notas, para aturar os berros de todos os fins-de-semana, para ir à pocilga ou à pizza-hut, para comer pães de alho e chamar a telepizza a casa, de não ficar no Porto acolhedoramente para vir para as Neves com trocas de comboios. Questiono-me, sinceramente, de qual será a motivação. A minha motivação. Para voltar a ser tudo o que eu era e gostava, tudo que me pertencia. Tudo o que eu quero.


"Te echo de menos". Já, logo no primeiro instante.

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